Ex-mundo, ex-vida
ex-tudo, ex-nada
ex-terra, ex-trema
Extensão do mundo
Desabrigo desabrido
O cair lento na escuridão
Passagens e as entranhas
Estranhas dimensões do cadafalso que se abre
Sobre os nossos pés e as brasas incandescentes
Retalhos dos sentidos, vendaval de gafanhotos
Rasgados sentimentos obscuros
Melancolia e as coisas intermináveis, o desespero
O fatal desejo e as coisas que se derramam e se esparramam pelo chão
Aquilo que jamais voltará ao seu princípio, mas se renovará e reacenderá inevitavelmente!
quarta-feira, 15 de junho de 2011
quinta-feira, 21 de abril de 2011
Decomposição
O desencanto e as coisas venéreas
As verdades se decompõem
Os vermes estão comendo os seus restos
A carne que nos corrompe
A moral está dilacerada
Seus pedaços jazem pelo caminho
Os cães e carcaras esperam
Para matar sua fome
Ao final a defeção
As verdades se decompõem
Os vermes estão comendo os seus restos
A carne que nos corrompe
A moral está dilacerada
Seus pedaços jazem pelo caminho
Os cães e carcaras esperam
Para matar sua fome
Ao final a defeção
quarta-feira, 20 de abril de 2011
Coisas epistemológicas
Hoje quero ficar aqui dentro, pois lá fora estão os espinhos
e encontro-me sensível a eles, um dia cansa!! Neste dia só queremos ir
para uma caverna no fim do mundo e ficar lá dormindo envolto à escuridão.
A margem que não chega e eu como o peixe insistente já sem ôxigênio a persistir
A margem que não chega e eu como o peixe insistente já sem ôxigênio a persistir
Olho para trás e meus terríveis enganos estão lá.
Os problemas e o emaranhado e o bolo de linhas que não quero desatar.
Só quero depositá-los na caixinha das coisas desagradáveis.
A caixa que deixo lá no fundo da garagem cheio de poeira, em meio às tranqueiras
e o esquecimento.
domingo, 20 de fevereiro de 2011
Resignificações e o tempo decorrido
O passado como o remoer dos sentidos
parte de nós na dimensão do tempo
objetos perdidos sobre as nossas cabeças
surge com os seus neo-significados e as neo-interpretações
o baú e suas passagens, assim como os companheiros de percurso
as encruzilhadas e os sinais da gravidade em nossos corpos,
parece que estamos vencendo o tempo, mas estamos em seus domínios
a percorrer seu labirinto sem saída.
a percorrer seu labirinto sem saída.
Invaders
Os olhos famintos querem espiar aquilo que não tem o direito
A invasão, o cheiro da censura e o desnudar da intimidade
Agem em meio a confusão e o medo, os atos possessores
Tal como um demônio que invade os corpos e as mentes
Ou como os senhores da inquisição que interpretam os sinais do pecado
O que é pecado para o mercado?
sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011
O silêncio
O cansaço terrivel
Na noite longa
Duas almas separadas
Duas vidas que não se encontram
O sangue e o tempo a rolar
As diversas dimensões do mundo, mas com estreitas certezas
O silêncio da rua, o silêncio na vida
O consumir-se em argumentos quase sempre vãos
e tantas as certezas quanto incertezas
O calor da noite, a insônia a rolar
Nenhuma letra, nem a palavra espinho
Vamos apagar a luz e procurar dormir
Na noite longa
Duas almas separadas
Duas vidas que não se encontram
O sangue e o tempo a rolar
As diversas dimensões do mundo, mas com estreitas certezas
O silêncio da rua, o silêncio na vida
O consumir-se em argumentos quase sempre vãos
e tantas as certezas quanto incertezas
O calor da noite, a insônia a rolar
Nenhuma letra, nem a palavra espinho
Vamos apagar a luz e procurar dormir
Um pouco de desesperança
Por Samuel
Rompe o ato silêncioso
O ranger dos dentes
Os cegos demonstram sua dementia
com seus arroubos de carma e cólera
Como aquilo que se arrebenta nas pedras
tortuosas de um litoral famélico qualquer
Como agua e fogo que queima nossos olhos
Tudo está escuro, longo escrutinio e seu rosário de cores escuras
A cinza e pó, os cretinos louvam a ignorância!!
O sagrado e o profano dançam abraçados no ritual macabro da desesperança
Estamos muito longe do alívio e tudo é dor
Rompe o ato silêncioso
O ranger dos dentes
Os cegos demonstram sua dementia
com seus arroubos de carma e cólera
Como aquilo que se arrebenta nas pedras
tortuosas de um litoral famélico qualquer
Como agua e fogo que queima nossos olhos
Tudo está escuro, longo escrutinio e seu rosário de cores escuras
A cinza e pó, os cretinos louvam a ignorância!!
O sagrado e o profano dançam abraçados no ritual macabro da desesperança
Estamos muito longe do alívio e tudo é dor
sábado, 22 de janeiro de 2011
Versos colaterais
A verdade tece os sentidos, muitas vezes é o festim que prega o susto sobre a súcia dos canalhas, mas passado um tempo, os púrias estão novamente circunvavegando pelo horizonte. Afinal, quem sou eu para julgar? De fato, prefiro o corte da arma branca que não me deixa morrer, mas que corte mostrando que estou vivo para a vida. Afinal, para toda dor há o alívio. Rejeito a letargia das químicas, dos comprimidos e das aspirinas que pretendem me sedar. Prefiro a loucura da vida que atinge minha cabeça como uma pedra que fere, mas que me faz pensar. Aceitem todos que, de fato, não existe final feliz, mas apenas o final.
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