domingo, 20 de fevereiro de 2011

Resignificações e o tempo decorrido

O passado como o remoer dos sentidos
parte de nós na dimensão do tempo
objetos perdidos sobre as nossas cabeças
surge com os seus neo-significados e as neo-interpretações
o baú e suas passagens, assim como os companheiros de percurso
as encruzilhadas e os sinais da gravidade em nossos corpos,
 parece que estamos vencendo o tempo, mas estamos em seus domínios
a percorrer seu labirinto sem saída.

Invaders

Os olhos famintos querem espiar aquilo que não tem o direito
A invasão, o cheiro da censura e o desnudar da intimidade
Agem em meio a confusão e o medo, os atos possessores 
Tal como um demônio que invade os corpos e as mentes
Ou como os senhores da inquisição que interpretam os sinais do pecado
O que é pecado para o mercado?

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

O silêncio

O cansaço terrivel
Na noite longa
Duas almas separadas
Duas vidas que não se encontram
O sangue e o tempo a rolar
As diversas dimensões do mundo, mas com estreitas certezas
O silêncio da rua, o silêncio na vida
O consumir-se em argumentos quase sempre vãos
 e  tantas as certezas quanto incertezas
O calor da noite, a insônia a rolar
Nenhuma letra, nem a palavra espinho
Vamos apagar a luz e procurar dormir

Um pouco de desesperança

Por Samuel

Rompe o ato silêncioso
O ranger dos dentes
Os cegos demonstram sua dementia
com seus arroubos de carma e cólera
Como aquilo que se arrebenta nas pedras
tortuosas de um litoral famélico qualquer
Como agua e fogo que queima nossos olhos
Tudo está escuro, longo escrutinio e seu rosário de cores escuras
A cinza e pó, os cretinos louvam a ignorância!!
O sagrado e o profano dançam abraçados no ritual macabro da desesperança
Estamos muito longe do alívio e tudo é dor